Mensagem aos homens

Artigo de André Soares - 16/11/2012

Vivemos na atualidade a gênese de um fenômeno degenerativo da natureza masculina inédito na humanidade, no qual os homens estão sendo vitimados por uma crise de identidade, sem precedentes. Essa realidade demanda da inversão de papéis sociais, na qual os homens estão perdendo sua hegemonia patriarcal, sendo subjugados pelas mulheres em várias searas e relegados por elas à condição de meros coadjuvantes. Isso decorre especialmente das vertiginosas conquistas sociais femininas, nas quais as mulheres estão se tornando protagonistas da própria vida, sobrepujando os homens em diversas atividades profissionais, assumindo o comando político dos países e decidindo os desígnios do mundo contemporâneo. Essa derrocada masculina reporta-se ao pecado de Adão e Eva, pois a eterna guerra dos sexos sentenciou as mulheres a serem escravas do amor e os homens do sexo. Todavia, a natureza feminina foi contemplada com a exclusividade de exercer atração sexual sobre o sexo oposto, conquanto a recíproca não seja verdadeira. Isso porque enquanto a escravidão feminina ao amor demanda de um sentimento universal, a escravidão dos homens ao sexo, lhes impõe a dependência a um prazer cujo monopólio é exclusivamente feminino e somente as mulheres lhes podem proporcionar. Destarte, o cenário prospectivo desvela o surgimento de uma “nova era”, inaugurada sob do jugo da supremacia feminina sobre o universo masculino, que somente acolherá em seus auspícios quatro categorias de homens: o “homem-andrógino”, o “homem-bibelô”, o “homem cisne” e o “homem-tigre”.

Os “homens-andróginos” destacam-se nessa nova ordem mundial reproduzindo em si mesmos a natureza e universo das mulheres. Abdicando da própria masculinidade e metamorfoseando-se para incorporar os valores tipicamente femininos, eles desenvolvem mais excelência nesse mister que as próprias mulheres. Portanto, os “homens-andróginos” são homens híbridos e efeminados, especializados nas demandas específicas da feminilidade. Conquistam assim especial atenção do público feminino, obtendo projeção social decorrente dessa influência. E a crescente e descontrolada epidemia homossexual da atualidade é a comprovação desse irreversível processo degenerativo masculino, que vem arrastando legiões de novos adeptos.

Os “homens-bibelôs” manifestam-se majoritariamente no círculo masculino financeiramente privilegiado, cujo perfil é constituído principalmente por empresários, políticos, artistas, banqueiros, dentre outros. Os “homens-bibelôs” caracterizam-se por serem marionetes nas mãos das mulheres poderosamente belas, que invariavelmente se apropriam astuciosamente ao máximo do seu patrimônio e condição financeira, notadamente por meio do casamento e/ou filhos. Isso porque os “homens-bibelôs” são inescapavelmente escravizados por elas por míseras migalhas de sexo porquanto integram a categoria dos “testosterona-dependentes” idiotas quaisquer, na qual se enquadram a esmagadora maioria dos homens heterossexuais. Abdicando ao protagonismo no relacionamento homem-mulher, os “homens-bibelôs” submetem-se subservientemente a serem reduzidos por elas a decorativos troféus de cobiçados exemplares masculinos servis, ou à futilidade de descartáveis “souvenir” de luxo. Portanto, os “homens-bibelôs” são “homens de brinquedo”, sem identidade e autoconfiança, a abarrotar os consultórios psicológicos em busca do seu “elo perdido”.

Os “homens-cisnes”, à semelhança dessa ave de natureza monogâmica, têm ferrenha devoção à família e à monogamia no casamento, por meio dos quais são habilmente aprisionados por suas esposas em seus matrimônios; apropriando-se também ao máximo do seu patrimônio e condição financeira, invariavelmente por meio de uma prole considerável. Contudo, se os “homens-bibelôs” são recompensados miseravelmente por migalhas de sexo provenientes de mulheres poderosamente belas; já os “homens cisnes”, contrariamente, são punidos por suas esposas progressivamente mais “embagulhadas” e frígidas, inicialmente com sofríveis e insuportáveis episódios de sexo, que rapidamente conduzem ao esgotamento da vida sexual do casal, tornando-se assim um enorme alívio para ambos. Portanto, os “homens-cisnes” são absolutamente dominados, desprezados e até mesmo desrespeitados por suas esposas, perdendo o protagonismo na vida conjugal e familiar, renunciando à sua própria natureza masculina, transformando-se assim em acomodados e amargurados “homens de lixo”.

Os “homens-tigres”, à semelhança desse admirável animal predador, preservam em suas personalidades os valorosos e fundamentais atributos da masculinidade, inerentes ao homem forte, viril e autossuficiente, tão especialmente admirados e desejados particularmente pelas próprias mulheres. Destarte, eles não sofrem a crise de identidade que acomete os demais e a atual supremacia feminina não lhes afeta, porquanto em face da força e poder de suas naturezas é impossível que sejam escravizados por quem quer que seja, muito menos por mulheres. Ao contrário, mantendo-se fiéis às características genuínas da masculinidade, os "homens-tigres" em geral exercem sobre as mulheres grande poder, admiração e fascínio. Sendo exigentes e seletivos no âmbito de suas convivências pessoais, eles são reclusos, almejando encontrar em seus relacionamentos autênticas e dignas "mulheres-tigrezas" para ladearem com eles. Todavia, o desaparecimento sistemático na atualidade dos valores e da cultura social dos “homens-tigres”, no âmbito do universo degenerativo masculino, constitui ameaça fatal ao seu já reduzido habitat natural, significando que este raríssimo tipo de homem está inexoravelmente condenado à sua breve extinção.

O prognóstico desse fenômeno psicossocial degenerativo masculino é evidentemente pessimista e afetará negativamente toda a estrutura familiar e social do planeta. Portanto, a julgar pela consagrada teoria evolucionista de Charles Darwin, uma primordial mensagem aos homens é ressaltar-lhes que, no ciclo da vida e na inexorável guerra dos sexos, a sobrevivência e a perpetuação da espécie humana é um prêmio que requer mais que a capacidade de se adaptar paliativamente ao ambiente. É um privilégio concedido única e exclusivamente aos que evoluem para melhor. E estes sempre são os mais inteligentes, os mais evoluídos e os mais fortes.

 

 


 

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