O medo de amar
Artigo de André Soares - 05/09/2019
O amor e a paixão são os sentimentos mais nobres da vida. Vivenciá-los na plenitude constitui o maior privilégio da curta e imprevisível existência humana, afeto somente a pessoas especialíssimas, e que ainda tenham a sorte do acaso da eventualidade do raríssimo “eclipse” que faça seus destinos se encontrar. Portanto, a realidade é que a imensa maioria das pessoas fracassará tremendamente em todas as suas vãs tentativas de amar e de se apaixonar verdadeiramente, e por dois motivos cruciais. O primeiro deles é exatamente porque a imensa maioria das pessoas não constitui o universo desses raríssimos casais. E o segundo motivo é porque, mesmo no caso dessas pessoas especialíssimas, mais raras ainda serão as que sobreviverão à terrível síndrome do pânico que as dominará, pelo medo de amar e se apaixonar, a qual se manifesta com os seguintes sintomas:
Ela: e se eu sofrer?
Ele: e se ela não me amar?
Ela: e se não der certo?
Ele: e se ela me trair?
Ela: e se o fogo da paixão acabar?
Ele: e se ela não me desejar mais?
Ela: e se ele me trocar por outra?
Ele: e se ela me abandonar?
Ela: e se ele estiver mentindo?
Ele: e se ela estiver fingindo?
Ela e Ele: e se o amor acabar? Resposta: Então, nunca houve amor. Porque o verdadeiro amor é para sempre.